domingo, 7 de junho de 2015

Gente como nós - reportagem Tvi

Hospital Júlio de Matos ou Parque de Saúde de Lisboa...
A segunda opção parece-me melhor, até para os muitos homens chamados Júlio de Matos por esse país fora. Ser-se associado é piada desnecessária e este apontamento também o é.  Adiante...
Foi com enorme carinho e saudosismo que assisti à reportagem, que nada mais foi que uma visita floreada a utentes arrependidos, hoje em dia, com alguma lucidez e capacidade para reconhecer que "a determinado momento a sua mente cedeu". E cometeram erros, destruíram sonhos...destruiram-se. Todo um jogo neuroquímico e endócrino que fatalmente fintou a sanidade, que os traiu...traídos pelo próprio corpo, pela própria mente.
Não podia ter sido de outra maneira. Mostrar que a gestão da sanidade mental é possível, já a total recuperação é discutível.
É possivel tomar um café, trabalhar, assumir responsabilidades e estar em sociedade. É possível até ser cuidado num serviço de saúde por uma pessoa de sanidade questionável...mas disso já todos temos a nossa experiência.
Tenho a apontar o que todos apontaram: a medicação prejudica a inserção no mercado de trabalho, na vida em sociedade...numa relação a dois. É possível trabalhar, mas é um esforço Herculiano. As depressões não se gerem em casa, na cama... podem no entanto, passar por lá, transitóriamente. A vida em sociedade é uma constante ansiedade e bonitas histórias de amor terminam por incapacidade para gerir coisas simples que outrora...enfim.
Por outro lado, há a psiquiatria forense...muito mais pesada. E a ala das pessoas doentes desde que nasceram, que foram abandonadas e esquecidas naquele hospital, completamente sub-estimuladas e inaptas para vida autónoma em sociedade.

Ninguém está livre que a sua mente..."dê o click"
Foco numa coisa de cada vez...um dia de cada dez

1 comentário:

Catsone disse...

Olha , olha, quem voltou! :D